segunda-feira, 6 de outubro de 2008

A Vida após a Morte - Mumificação



Para os antigos egípcios, a preservação intacta do corpo era, sem dúvida, uma condição primordial, quase indispensável, para garantir a vida após a morte.

Os egípcios faziam o embalsamento dos mortos, com o objetivo de conservar os seus corpos para a eternidade.

Nos tempos pré- históricos, os mortos eram enterrados na areia do deserto envolvidos em pele de animais ou esteiras.
O ambiente seco e quente absorvia a água dos tecidos do corpo transformando em múmias naturais e possibilitando a sua conservação.

Quando, nos princípios do período histórico, se começaram a construir túmulos e a enterrar os mortos em urnas, estas condições naturais de conservação deixaram de existir e os mortos decompunham-se. Mas segundo as crenças religiosas do Egito antigo para ter uma vida após a morte o corpo deveria ser preservado.

As primeiras tentativas neste sentido consistiam em envolver os corpos em faixas de linho bem firme. Descobriu-se, então, que sem extrair os órgãos da zona do tórax e abdominal a decomposição não podia ser evitada. Este fato pode ser facilmente observado nos corpos de animais capturados para a alimentação como os peixes e aves, que só se conservavam quando era retirada as entranhas do animal.

Nos tempos do Império Antigo não se conseguiu, apesar da extração das vísceras, preservarem o corpo para se manter até os dias de hoje, por baixo das faixas restaram somente os ossos e restos de tecidos que pode ser facilmente desintegrado quando tocado.

Apenas no Império Médio se deu o segundo passo do desenvolvimento da técnica da mumificação, retirando o cérebro do interior do crânio, porém somente no império novo este processo e também a extração das vísceras se generalizou não sendo somente para o círculo da família real. Assim se conseguiu, finalmente, preservar os tecidos do corpo de tal modo que se conservaram durante mais de três milênios, chegando até os nossos dias.

No fim dos tempos faraônicos, continuaram a embalsamar os corpos dos mortos no Egito, mas de forma menos cuidadosa. Por fim, no século VII d.C. o embalsamento parece ter desaparecido no Egito.

Além disso, existiram desde muito cedo outras formas de conservar a presença da personalidade física e espiritual do rei morto, preferencialmete a estátua, a estela real, mas também o túmulo real.

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